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Revogada patente da Ayahuasca nos Estados Unidos
Fonte: Adital - Agencia de Informação Frei Tito para a América Latina - http://www.adital.org.br

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Os Estados Unidos revogou a patente da Ayahuasca, planta tradicional dos indígenas da Amazônia, outorgada a um cidadão desse país. A decisão, emitida no dia 4 de novembro pelo Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos (PTO), em Washington, é o resultado de uma luta empreendida pelos povos indígenas de nove países da Bacia Amazônica e Sul da América.

A sentença da PTO é uma resposta à segunda solicitação de revisão da patente, apresentada em março de 2003 pela Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), pela Aliança para os povos Indígenas e Tradicionais da Bacia Amazônica e pelo Centro de Direito Internacional do Meio Ambiente (Ciel).

Com efeito, durante a década de 80, o dono de um laboratório
farmacêutico estadunidense, Loren Miller, conseguiu plantas de ayahuasca do povo indígena Cofán no Equador e, ao chegar nos Estados Unidos, obteve a patente da planta. Em 1996, a Coica apresentou uma solicitação de anulação da patente dessa planta sagrada, utilizada em rituais há centenas de anos pelos indígenas. Apesar do cancelamento da patente, em 2001, ela foi restabelecida novamente para Loren Miller.

A planta, banisteriopsis caapi, comercializada nos Estados Unidos, foi reconhecida como nativa da selva amazônica. A PTO fundamentou sua negação da patente no fato de que publicações que descrevem a banisteriopsis caapi já eram "conhecidas e disponíveis antes da apresentação da solicitação da patente", portanto, não representava nenhuma "descoberta".

Para a Confederação das Nações Indígenas da Amazônia Equatoriana (Confeniae), esta decisão "estabelece um histórico antecedente jurídico".

Por usa vez, Antonio Jacanamijoy, coordenador da Coica, afirma: "Para nossos xamãs e anciãos, essa patente era preocupante,
agora estão em festa".

Segundo informações da Confeniae, o advogado do Ciel, David Downes, disse que "a PTO necessita mudar seus regulamentos para prevenir de pedidos de patentes, no futuro, a sabedoria tradicional e a utilização de plantas pelos povos indígenas." Além disso, declarou que "a PTO já deveria abordar sem rodeios a questão de se é ético ou não que solicitações de patentes reivindiquem direitos particulares sobre uma planta ou conhecimento que é sagrado para um grupo cultural ou étnico".

Curativo extraordinário Ayahuasca, Yagé, Caapi, Natema uma planta e seus nomes usados pelos companheiros da Amazônia. Pelos menos 42 nomes indígenas são conhecidos para esta preparação. É notável e significativo que, pelo menos, 72 tribos indígenas da Amazônia, apesar de serem separadas fortemente pela distância, língua e diferenças culturais, manifestaram todo um conhecimento comum detalhado da ayahuasca e de seu uso. A planta e o remédio preparado dela são chamados de "ayahuasca" pela maioria da Amazônia peruana.


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