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Histórico da Legalização

Desde os anos 60, que pesquisadores e autoridades têm acompanhado o desenvolvimento e a expansão da nossa linha enteógena espiritualista. Em 1982 foi formada a primeira comissão multidisciplinar (com médicos, antropólogos, psicólogos, representantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal e Exército) para averiguar in loco o fenômeno do Santo Daime / Ahyauasca, na fase final de vigência dos governos ditatoriais militares.

Duas comissões visitaram, primeiro o seringal Rio do Ouro e depois o embrião da Vila Céu do Mapiá, saindo muito bem impressionadas com o que viram. Muitos testes e entrevistas foram feitos com amostragens significativas da população local. Seus resultados atestaram excelentes índices na aferição e avaliação de diversos aspectos da vida social, espiritual e pessoal dos seus membros. Foi constatado um forte vínculo de coesão social e cooperativismo nato entre os participantes da Comunidade do Daime. Foram observados, também, graus bastante superiores de saúde, educação, organização e qualidade de vida em comparação com todos os assentamentos similares encontrados calha rio Purus.

Em 1984, através do CONFEN - Conselho Federal de Entorpecentes, orgão do Ministério da Justiça encarregado de planejar e gerir a política governamental sobre o uso de drogas e fármacos, foi criada uma Comissão de Trabalho para estudar específicamente a questão do uso ritual da ahyauasca. Ao longo de 1985 e 1986, este grupo realizou diversas visitas às comunidades usuárias, inclusive ao Céu do Mapiá, onde confirmou os pareceres positivos das comissões anteriores.

Foram constatados novamente um elevado grau de organização social, solidariedade, coesão e capacidade de trabalho da comunidade. Os indicadores de qualidade de vida lá encontrados (ausência de alcoolismo, desnutrição crônica, mortalidade infantil e delinquência quase 0, ausência de violência, padrões dignos de moradia, alimentação e trabalho) levaram o Grupo de Trabalho do CONFEN a concluir, em 1987 que:

"os rituais religiosos realizados com a bebida sacramental Santo Daime/Ahyauasca não traziam prejuízos à vida social e sim, contribuiam para a sua maior integração, sendo notório os benefícios testemunhados pelos membros dos grupos religiosos usuários"

Por outro lado, o resultado das pesquisas farmacológicas e psico-sociais junto às comunidades de usuários, constatou a não existência de nenhum risco de adição e dependência no uso dessas substâncias em contexto ritual. Foram pedidos vários pareceres aos mais eminentes pesquisadores da área de psico-f·rmicos, e todos foram taxativos em afirmar, corroborando resultados já anteriormente divulgados, de que:

"o Santo Daime não apresenta características do abuso de drogas, pelo seu uso ritualístico, descontínuo e ausência de alterações comportamentais."

Outros Pareceres Favoráveis

Em 1991, outras pressões e denúncias de setores descontentes com a legalização da bebida levaram à constituição de uma nova comissão que executou novos estudos e visitas às principais entidades ahyauasqueiras e daimistas. O CONFEN voltou a se manifestar (veja ata de Reunião do Conselho) pela continuação de um acompanhamento do uso ritual da bebida, sem adotar orientação proibicionista

Com isso se beneficiou o governo, a comunidade científica e de pesquisa, interessada nesse campo e, claro, as entidades usuárias, que puderam continuar desenvolvendo o seu trabalho de forma cada vez mais responsável, realizando inúmeros benefícios aos seus membros, não apenas na parte espiritual, como também em termos de assistência social e caridade


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