Site do Centro de Documentação e Memória - ICEFLU - Patrono Sebastião Mota de Melo

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Projetos: Calha do Juruá

PROGRAMA ARTESANATO/BIOJÓIAS – JURUÁ
 
Em 1996, o Seringal Adélia, região de origem de Sebastião Mota de Melo, foi comprado de seu  antigo seringalista e criada a Vila Ecológica Céu do Juruá.
 

 
O  ciclo da borracha  enriqueceu a poucos e deixou uma grande parte da população da ₍oresta na mais extrema pobreza, completamente abandonada pelo Estado brasileiro, principalmente com o final do ciclo, logo após a segunda guerra mundial. Sem a renda propiciada pela borracha, muitos par-tiram para as cidades e outros para atividades econômicas que comprometem o equilibrio da Floresta Amazônica, como a criação de gado.
Atualmente, além da citada vila, ao longo da calha do médio Juruá, existem comunidades em Cruzeiro do Sul/AC , Rodrígues Alves/AC , Ipixuna/AM e o Seringal Novo Destino (Ipixuna/AM). 
 
Há dez anos foi fundada a Associação dos Produtores e Moradores da Vila Céu do Juruá e, em 2004, considerando a matéria prima da floresta como um potencial existente na região, para o melhor aproveitamento deste no desenvolvimento socioeconômico da população local, iniciou-se o processo de transferência da experiência obtida com o programa 7 (Artesanato/Biojóias –Mapiá), através de um curso de treinamento com duração de dois meses. Na primeira etapa do curso, se fez um reconhecimento das espécies existentes na região e habilitou-se um barracão  na vila para o armazenamento da matéria prima recolhida.
 
Na segunda etapa do curso, na cidade de Ipixuna, através da  Associação de Apoio ao Agroex-trativismo de Ipixuna (também criada em 2001), foram introduzidas as  técnicas de beneficiamento da matéria prima.
 
Em 2005, em um período de quatro meses, realizaram-se diversas oficinas na Vila Céu do Juruá:
 
• Montagem de colares e pulseiras com participação de todos os membros da comunidade
• Oficina de pintura com jovens e crianças
• Beneficiamento manual de sementes e cocos
• Produção de facas de madeira artesanais
• Encontro com as mulheres feitoras da linha do Tucum
 
 
              Oficina de Artesanato                                                  Colhendo a palma do Tucum e secando a linha
 
Na cidade de Ipixuna as atividades se concentraram no treinamento, para o beneficiamento técnico do material coletado na floresta.  Atualmente o programa aguarda patrocinadores para dar continuidade ao projeto Linha do Tucum, cuja primeira fase foi encerrada no início 2010.
 
Em síntese, nesta fase, executada na Vila Céu do Juruá, foram desenvolvidas as seguintes ativ-idades: Processo de fabricação/confecção da linha, através das fibras da palmeira tucum; tingimento natural da linha; coleta e beneficiamento de sementes para o artesanato (açaí, jarina, patoá, paxiubinha e paxiubão, tucumã, balseiro/taperebá, mulungú, entre outros), as oficinas de produção de biojóias e educação agroflorestal.