Site do Centro de Documentação e Memória - ICEFLU - Patrono Sebastião Mota de Melo

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10 anos - Passagem de Pedro Dário

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10 anos da passagem de Pedro Nunes Costa – Pedro Dario
 
 
Vamos, Seu Pedro?  Disse Clara, chamando Seu Pedro para seguir viagem. No que ele respondeu: 
- Espera um pouco. Tenho que conversar com esses dois malucos que querem abrir uma igreja. 
Foi assim nosso primeiro encontro. Os malucos éramos eu e meu irmão mais velho, o Neto.
Estávamos querendo firmar um ponto em Ribeirão Preto. Até então, frequentávamos o Flor das Águas, em São Paulo, e alguns trabalhos com o Glauco. A reunião foi tensa. Seu Pedro, bem sério, perguntou: 
- Vocês fazem ou cantam os “mortos”? 
No que respondemos:
- Sim, fazemos o Mestre Irineu e parte do Padrinho Sebastião. Seu Pedro se segurou para não rir. 
- Não, “os mortos” a que me refiro são os hinários do Germano Guilherme, Antônio Gomes, João Pereira e Maria Damião, disse em seguida.
Daí, tivemos a certeza que não sabíamos de nada mesmo. Seu Pedro então nos adotou. Tanto que o nosso centro tem o nome dele: Centro da Fluente Luz Universal Pedro Nunes Costa.
Com ele, aprendemos a importância de plantar a Rainha e o Jagube. 
Seu Pedro passou a fazer parte da nossa família. Atrás daquela aparência séria, tinha um humor fantástico! 
Quando queria alguma erva no quintal da chácara, ele dizia: 
- É melhor eu falar com a Jacy (minha esposa). Você não sabe a diferença de uma folha da Rainha da folha de Jagube... me zombando e dando risada.
Em outra ocasião, falando ao telefone com ele, contei todo feliz que havíamos plantado um pé de Jagube aqui na chácara. E ele: 
- Um? Precisa plantar 1.000. 
Aprendemos também o respeito que se deve ter pela Doutrina do Santo Daime, o respeito pelos nossos padrinhos e pelo nosso Mestre Irineu.
Seu Pedro era um plantador. De Rainha, de Jagube e da Doutrina. Por onde ele passava, nascia um ponto de luz. Sempre aconselhando a todos a se filiarem ao Mapiá, ou seja, ao Cefluris, na época. Era um caboclo professor dos mais humildes. Quando chamávamos ou dávamos um "viva ao Padrinho Pedro", ele ficava “P” da vida. Rs
Fizemos vários feitios de Daime orquestrados por ele. Ele fazia Daime de finíssima qualidade. Quando veio para Ribeirão fazer vários exames complicados, endoscopias, tomografia, entre outros, ele ficava receoso e eu brincava com ele:
- Quer que eu vá junto, Seu Pedro? Seguro a sua mão. 
A gente ria de dar gargalhadas.
Grande amigo, pai, irmão.
Sinto muito a sua falta.
Espero que segure a minha mão quando for a minha hora.
 
Pelicano
 
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Hoje, 21 de junho de 2022, completam 10 anos da passagem do Padrinho Pedro Dário para o plano espiritual. Ele deixou a esposa, Rosa Maria Raulino, os filhos, Vicente Prafivelo e João Pedro, e os netos, João Gabriel, Pedro Dário e Theo.

 

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